A realização de exames em crianças, especialmente entre 1,5 a 3 anos de idade é um verdadeiro desafio. Nessa idade eles passam pelo maior ciclo de vacinas, e muitos demonstram-se assustados devido a outros variados fatores também.
Eu acho uma delícia! A imagem é limpa e em geral de fácil obtenção. Conseguimos visibilizar com muita destreza estruturas de dentro do crânio através da fontanela, órgão abdominais, e até mesmo avaliação de complicações de pneumonia, sem a necessidade de sedação da criança, como precisamos realizar em outros tipos de exame como a tomografia computadorizada e ressonância nuclear magnética. Por ser um exame dinâmico ele consegue observar o movimento natural das estruturas como as batidas do coração, a respiração diafragmática e movimentos de peristaltismo intestinal.
Claro que precisamos de um bom tanto de conversa em voz baixa... e acima de tudo, brincadeiras! Antes de um ano o difícil é interromper o "olho no olho" da criança para podermos olhar a tela - afinal de contas essa é minha função - mas eles ficam muito bravos!
E dá-lhe explicar que aquele é meu videogame, que vou passar uma pomada, conversinha vai, conversinha vem ... o gel aquecido ajuda muito nessa hora. Ter criado quatro filhos também serve de currículo!
Alguns aplicativos também mostraram-se diferenciais em nossa tarefa, como o da 'santa' galinha, aquela pintadinha. Na faixa etária mais difícil, funciona quase como um anestésico, os bebês maiores não se mexem, por mais que você aperte-os com o transdutor. Em raros casos as crianças estão tão assustadas que nada funciona, aí vai no agarra e faz - que judia menos, mas são exceções.
Nada como o sorriso no final do exame e um abraço, algumas vezes consigo descolar até um "colinho", com direito a apertar supervisionadamente os botões do meu videogame!
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